Posts Tagged ‘exposições

10
Maio
11

Timor – olhos nos olhos


Uma nova exposição na galeria Colorfoto, apareçam! Estão todos convidados para um copo de champanhe e para umas horas de conversa sobre a fotografia e com a presença do fotógrafo.

05
Maio
11

Discovoador et al


Inauguração da exposição de Rui Duarte na Mundo Fantasma no dia 07/Maio às 17:00, apareçam!

24
Mar
11

Malarchi

14
Mar
11

(Des)Equilíbrio

14
Jan
11

36 exposures

17
Set
10

Exposição “Na superfície”

Os fotógrafos Diogo Bento, Ana Miriam Rebelo, Carlos Silva, Cláudio Reis e Tiago Pinheiro Dias inauguram amanhã pelas 16:00 hrs na Galeria Espaço Campanhã & Tabacaria a exposição colectiva “Na superfície”.

24
Mar
10

Diogo Bento na Imagerie (Lx)

Diogo Bento apresenta na Imagerie (Rua das Francesinhas, 21A, 1200-675 Lisboa) a sua exposição ‘Pistas para uma paisagem, Cabo Verde’.
Tive o prazer de trabalhar com o Diogo quando apresentou esta mesma exposição na galeria Colorfoto (na qual sou comissário) por isso sou um pouco suspeito de falar sobre este trabalho mas de qualquer forma aqui vai:
É um excelente primeiro trabalho, o Diogo tem uma forma muito vincada na forma como fala sobre o seu trabalho e sobretudo como quer apresentá-lo ao público. dito isto o trabalho a preto&branco (filme digitalizado e impressão inkjet) é cativante e prende a atenção, sobretudo pela forma como utiliza as sombras que para mim são uma característica do seu trabalho e o Diogo não tem medo de trabalhar com imagens assim, escuras, algo sombrias mas com uma luz própria que se revela desde o seu interior. A impressão em papel mate faz toda a diferença assegurando o silêncio destas imagens.
No global é um trabalho fresco, cheio de energia própria de quem começa, original e com uma marca vincada. Espero muito do Diogo no futuro e acho que tem espaço para crescer bastante.

Para aqueles que não puderam estar na exposição na galeria Colorfoto, aqui fica o texto que escrevi a propósito desta exposição e onde podem ficar com uma ideia do que podem encontrar.

“Pistas para uma paisagem, Cabo Verde.

De novo Cabo Verde cruza a minha escrita, o meu trabalho de comissário. A paisagem trabalhada, plantada, cresce nestas fotografias ao ritmo próprio de um país longínquo e um tanto desconhecido.
Desta vez a paisagem humanizada – selvagem e domada ao mesmo tempo. E o que dizer sobre o motivo ‘paisagem’ na fotografia que já não tenha sido escrito?

Hoje a paisagem – tema fotográfico por excelência – é claramente um género mal apreciado pela crítica e pelos coleccionadores de arte fotográfica. É uma questão interessante de analisar, porque é que a paisagem, tão apreciada durante décadas, sofre de um certo abandono e rejeição por parte da crítica especializada.
E é precisamente aqui que chegamos ao trabalho do Diogo Bento, é neste panorama que arrisco este tema – a paisagem – para uma nova exposição.
Há muito que Terry Barrett se bate por uma nova taxonomia na fotografia contemporânea que justamente ignore o tema/assunto e se concentre não nesse ponto particular da produção fotográfica mas sim na função final com que as fotografias são produzidas (1). Digamos então que estas fotografias não são fotografias de paisagem, são sim, e segundo Terry Barrett, fotografias interpretativas.

Diogo Bento apresenta-nos a sua interpretação da paisagem de Cabo Verde, do seu ponto de vista de arquitecto paisagista mas também do seu ponto de vista de fotógrafo e é a sua interpretação pessoal e subjectiva que nos é apresentada nestas fotografias.
Estas fotografias deixam-nos pequenas pistas visuais sobre a intervenção humana nestas paisagens e subtilmente interpreta os acontecimentos que levaram a essas intervenções. Desta forma Diogo Bento interpreta a paisagem e coloca-a no centro da discussão sobre os efeitos das alterações a que paisagem e populações têm sido sujeitas, numa luta onde muitas vezes a paisagem é subjugada às necessidades das populações que resolvendo hoje um determinado problema – seja a fome, seja a necessidade de construção ou outra – que por vezes abre caminho a um problema maior no futuro. E no entanto as alterações, subtis ou brutais, estão lá e é esse cenário que o fotógrafo nos apresenta.
Mas também nos propõe outra discussão: quem efectuou estas alterações, quem foi responsável pelas mesmas? Mais uma vez as questões inerentes à colonização de África se colocam, sabendo que muitas vezes as populações estão a sofrer as consequências de actos ambientais para os quais não foram ouvidos nem foram responsáveis.

As suas fotografias são também esteticamente apelativas, Diogo Bento procura a beleza – embora uma beleza no sentido contemporâneo da palavra – nas situações quotidianas, nos pequenos pormenores, num jogo permanente de pistas visuais da rotina normal e da paisagem. A beleza do que nos escapa por ser habitual que catalogamos de banal mas que muitas vezes nos escapa mesmo à frente dos nossos olhos, única e verdadeira.
Diogo Bento propõe assim uma interpretação sobre a paisagem mas também sobre o que ela é hoje, sabendo que a paisagem abarca um horizonte alargado de motivos que acaba por se transformar em algo tão abstracto que se torna indefinido e impossível de descrever. Procura assim através deste trabalho contribuir para um conceito de paisagem contemporânea que não evita retratar a intervenção nos terrenos, outrora selvagens, por parte das populações e empresas. Mostra-nos também toda a beleza – a beleza vista pelos seus olhos – que captou nestas imagens e que nos mostra agora. E isso transforma este trabalho num projecto poderoso, capaz de nos pôr a pensar, a olhar e a reflectir.

Mário Venda Nova, 2009

(1) Terry Barrett, How to Criticizing Photographs, Ed. McGraw-Hill 2006”




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