Fernando Guerra

Falar sobre fotografia de arquitectura contemporânea e não colocar na mesma frase o nome de Fernando Guerra é ignorar aquele que é hoje um dos melhores fotógrafos de arquitectura. Com uma carreira sólida e com reconhecimento internacional, cuja larga cobertura nas revistas de especialidade o comprova, Fernando Guerra poderia ter optado por gerir uma carreira sem grandes riscos mas esse nunca terá sido o seu plano. Dono de um olhar clínico, ou não fosse Fernando Guerra arquitecto de formação, e de uma visão fotográfica ímpar que marcam as suas fotografias de forma vincada a tal ponto que sabemos de imediato que estamos a olhar para uma imagem FG. As suas imagens de marca – a luz e os vultos – impregnam de tal forma as fotografias que as obrigam a transcender o seu papel de simples documento para as transformar em arte autónoma do objecto retratado.

Se olhar com atenção para o site Últimas Reportagens onde Fernando Guerra publica o seu trabalho é fácil perceber que chegou onde está neste momento à custa de trabalho e de estar um pouco por toda a parte. Mas a quantidade enorme de trabalhos não tem efeitos perversos ou negativos na qualidade que está à vista de todos.
Juntamente com o seu atelier FG+SG, Fernando Guerra é um nome incontornável na nossa fotografia de arquitectura e tem sabido produzir um trabalho inteligente, vincadamente pessoal e seu, de tal forma que é hoje um dos melhores fotógrafos de arquitectura a nível mundial. É também um exemplo de dedicação e de trabalho que nos deveria inspirar a todos.

O final da exposição ‘entre reportagens’.

Eis que chega ao final a primeira exposição da galeria Colorfoto, nem parece mas já se passou um mês e é tempo de arrumar a galeria e prepará-la para a próxima exposição. Ontem começamos a desmontar a exposição do Fernando Guerra, primeiro retirou-se todos as molduras da parede, os ganchos que as seguravam e depois foi necessário tapar os furos.
Da montra retiramos os cartazes, que se arquivaram como recordação, e todas as peças documentais da exposição vão ter o mesmo destino.

Segunda feira começa novo ciclo e vamos dar início à montagem e preparação da segunda exposição que será inaugurada no próximo sábado 24/Out. às 15:30. Até lá podem acompanhar todas as etapas no blogue da galeria.

Edição limitada na Galeria Colorfoto.

A edição limitada que editamos para a exposição ‘Entre Reportagens’ do Fernando Guerra já está disponível nas lojas Colorfoto.
A edição tem a seguinte numeração e preços:

Edição A4, 50 a 20€ cada uma;
Edição A3+, 20 a 50€ cada;
Edição A2, 8 a 125€ cada.

Esta edição foi impressa em papel Ultrasmooth Fine Art 325 gsm, papel 100% algodão de elevada qualidade. Acompanha cada impressão um certificado de autenticidade emitido pela galeria e assinado pelo fotógrafo e por mim, o que assegura a integridade e autenticidade da edição.
Se desejarem saber detalhes consultem por favor as lojas ou o blogue da galeria.

Notícias curtas e pequenos flashes…

De férias no Sudoeste Alentejano e já quase a regressar a casa e ao trabalho começo já a fazer um pequeno apanhado de assuntos pendentes e que vão merecer a minha atenção nos próximos tempos:

Reclamação junto dos CTT
Sobre este assunto duas notícias, uma boa e outra má. Primeiro a má, os CTT decidiram a favor dos próprios serviços nesta reclamação, segundo o responsável pela análise e reposta à minha reclamação se a embalagem não aguenta o manuseamento dos CTT então cabe à empresa que envia a embalagem de a reforçar. Como os CTT conseguiram dobrar um cartão que não é facilmente dobrado então é melhor a 20×200 começar a pensar em enviar as fotografias para Portugal em embalagens de metal…
A boa: a 20×200 reconheceu que a sua embalagem não era de facto à prova de estupidez postal e decidiu não só reforçar as mesmas mas também substituir a fotografia que ficou inutilizada. Ora aqui está uma empresa que vai continuar a receber a minha preferência.

Japan Exposures
Chegaram os livros que encomendei do Japão e estava com algum receio de que os mesmos tivessem o mesmo tratamento da fotografia da 20×200, enganei-me. Os autores do sítio não brincam em serviço e recorrem à EMS para fazer o serviço total desde o envio de Tóquio até Portugal, procedem ao desalfandegamento e entrega; nada é deixado ao acaso. E ainda por cima demoram cerca de cinco dias e podemos seguir a viagem da embalagem desde Tóquio até à alfândega. Mais um (pequeno) negócio que me merece a minha preferência.
Um dos livros que comprei, ‘Northern’ do Daido Moriyama, já esgotou e não vai ser reeditado, ainda consegui a minha cópia a tempo e assinada pelo autor. No sítio ainda é possível comprar as últimas cópias, estas infelizmente já não estão assinadas.

A exposição do Fernando Guerra
A inauguração correu muito bem (como podem ler no blogue da galeria – parte I e parte II) mas foi trabalho duro e árduo. Espero que a próxima corra tão bem como esta. Do feedback que tenho recebido a recepção à exposição e à galeria tem sido francamente boa, o que é óptimo e é o reconhecimento do valor deste projecto e do esforço que a Colorfoto colocou no mesmo.

Maps e The solitude of Ravens.
Já estão na minha posse estas duas raridades da fotografia japonesa e que espero analisar e criticar em breve. Maps é um dos livros mais importantes da fotografia japonesa pós segunda guerra mundial, The Solitude of Ravens tem por trás não só um projecto conceptual arrojado mas que ao mesmo tempo está intimamente ligado à vida pessoal do autor. Mais em breve.

Livro ‘Entre Reportagens’
O Fernando Guerra decidiu editar um pequeno livro com a totalidade das imagens que compõem este seu trabalho, são cerca de 90 fotografias no total e tem os textos da exposição, um da minha autoria e outra da autoria do Daniel Carrapa. Tem uma edição limitada e pode ser adquirido nas lojas Colorfoto. Não se descuidem porque vai esgotar.

Montagem da exposição do Fernando Guerra.

Quando só faltam uns dias para a inauguração da exposição do Fernando Guerra – relembro que é no próximo sábado 19 às 15:30 – é tempo de planear e montar a exposição. Foi preciso seleccionar as fotos com o Fernando e a partir daí foi ‘apenas’ imprimir o trabalho em UltraSmooth 325gsm, papel 100% algodão e montar a exposição. Mas é trabalho árduo sabendo que teriamos que colocar 25 imagens na parede para conseguir uma boa história e que consiga tirar partido da excelente reportagem do Fernando Guerra, planear foi o mais díficil, ‘desenhar’ nas paredes como se iria colocar as molduras não foi fácil porque até não há espaço para 25 molduras – a impressão foi em formato A3+ -, assim decidi fazer três sets com quatro e seis imagens que fazem três conjuntos uniformes e coesos dentro da história geral e que fogem à tradicional fila de molduras umas atrás das outras, com estes sets pelo meio o ritmo é interrompido, novas questões se levantam e o espectador é obrigado a reflectir, só assim consegui tirar todo o proveito da história e com menos imagens não seria possível fazer um trabalho impecável.

Galeria colorfoto- a exposição.

Aí está o anúncio da primeira exposição oficial da galeria Colorfoto onde exerço o cargo de comissário. Como responsável pelas exposições e todo o trabalho com os fotógrafos devo dizer que começar com o Fernando Guerra foi excelente, nada a apontar ao Fernando que esteve sempre disponível mesmo em trabalho fora nunca deixou de me atender, a comunicação foi rápida e eficaz. Com a galeria montada e pronta para receber as exposições, agora é tempo de montar a primeira exposição – impressa em A3+ e emoldurada nas nossas molduras – e tratar de todos os aspectos inerentes à inauguração: bebidas, press-release, etc.

Entretanto podem acompanhar a evolução de todo este trabalho no blogue da galeria e no sítio da galeria (construído no Qufoto) já é possível ter uma visão do que vai ser a exposição do Fernando Guerra. Acho essencial ter estes suporte sociais onde o público pode acompanhar em imagem e vídeo todo o trabalho de retaguarda da nossa galeria. Também estamos no Twitter, claro.

Tem sido um trabalho fascinante mas estafante, para falar a verdade estou estourado. Mas faço o que gosto, que me dá prazer e sobretudo tem sido uma boa experiência. As coisas nem sempre correm bem mas não há nada que não se resolva, de uma maneira ou de outra, e o que corre mal sempre nos ensina algo de novo e endurece-nos a carapaça.
Uma palavra também para a equipa Colorfoto: ao José Manuel por acreditar no meu projecto – agora nosso -, ao Leandro por estar no comando da loja de forma a que eu possa trabalhar nas melhores condições, ao Bruno por estar a ser um bom braço direito e à Mónica pelos conselhos e ajuda na impressão dos trabalhos. Sem eles nada disto era possível.

E agora alea jacta est ou seja a sorte está lançada; agora é trabalhar e apresentar trabalho e esperar que as minhas escolhas sejam do agrado do público. Espero por todos vós no próximo sábado dia 19 de Setembro para a inauguração, a partir das 15:30hr.