Archive for the 'bloco de notas' Category

14
Jan
08

Gerês – bloco de notas V.

pnpg005-1É bem capaz de ser um dos segredos mais bem guardados do PNPG, toda esta zona que vai da barragem da Caniçada até Pitões das Júnias. Uma natureza ainda bem preservada mas que neste outono quente sofreu bastante com os fogos; o planalto da Mourela tem fauna e flora para satisfazer os mais aventureiros que gostam de caminhar e fotografar.

Logo após chegar ao parque de estacionamento, junto ao cemitério, há que visitar o mosteiro de Pitões das Júnias e as suas ruínas.
pnpg-8

oeds1O mosteiro e a área envolvente são espectaculares e a paisagem não lhes fica atrás. O caminho desde o parque de estacionamento até ao mosteiro faz-se com relativa facilidade, embora seja uma descida/subida íngreme, mas a sua curta distância permite fazê-lo sem problemas de maior. Existe um outro caminho pelo outro lado, devidamente assinalado mas não me parece que seja muito diferente em termos de dificuldade, é mais uma hipótese. Ao lado do mosteiro corre um pequeno ribeiro que mais à frente se vai despenhar numa cascata imponente.

É aqui que o caminho para a cascata e para o mosterio bifurca, para a direita e por um caminho que parece à primeira vista tão fácil como o para o mosteiro segue-se para a cascata. O caminho é no princípio, fácil de percorrer mas passados algumas dezenas de metros começa o verdadeiro trekking: íngreme e interminável. A descida faz-se por um caminho de pedra solta e exigente, bom calçado é importante, e faz-se muito melhor quanto menor o calor; atinge-se depois uma zona de passadiços de madeira que por terem muitos degraus e pouco espaçados não é muito melhor do que o caminho anterior. E isto é a descida…

Mas quando chegamos ao fim, a vista vale todo o esforço. A cascata tem uma altura imponente e depois das chuvas de inverno está na sua força máxima, e esta é a vista do pequeno estrado onde termina o caminho, e mesmo sem uma boa máquina (lembrem-se que isto é um bloco de notas, uma moleskine electrónica se quiserem) vê-se que a cascata é dislumbrante. Neste dia (aliás como sempre que vou tirar apontamentos) levei os binóculos e pude ver com algum alcance a cascata. Mas para fotografar e dado o tipo de caminho, aconselho que viagem leves por isso um tripé, máquina e um bom zoom 70-200/2.8 são suficientes para trazer para casa boas fotografias. Acrescente-se a isto um cabo disparador, um filtro ND, água e algumas barras energéticas.
oeds-1Se viajarem num grupo grande podem sempre pedir a alguém que vos transporte uma objectiva tipo 300/2.8 ou então levem um tele-conversor 1.4x, dá sempre jeito dado que a cascata ainda fica distante do parapeito. Atenção ao final do trilho, nas zonas abertas e sem parapeito, porque os penhascos estão cobertos por vegetação densa e a altura parece pequena mas na realidade é enorme.

Bom passeio e boas fotografias. E agora é altura de subir e fazer o caminho inverso, haja fôlego e pernas para aguentar a subida. Existe um pequeno ribeiro logo que termina a subida dos passadiços de madeira onde se podem refrescar.

07
Nov
07

Gerês – bloco de notas IV.

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Aqui está um passeio para se conhecer o melhor do Gerês em apenas um dia e ao mesmo tempo do Xurés (Espanha). Comece na vila do Gerês e siga pela estrada até à Portela do Homem, atravessando a Mata de Palheiros-Albergaria. Esteja atento aos vários ribeiros e rios que atravessam esta zona, além da extensa mancha de carvalhal, uma das mais antigas de Portugal. Após atravessar a fronteira e no caminho para Lóbios, tome atenção à geira romana que aqui tem um troço extenso e que pode ser percorrido a pé, junto a este caminho existe outro em sentido oposto que o leva até à Corga da Fecha, uma deslumbrante cascata e vale bem percorrer os quase dois quilómetros a pé para lá chegar. Logo a seguir tem Lóbios e as termas do Rio Caldo, umas nascentes de água quente onde pode tomar banho. Aproveite e esteja atento às placas que indicam a sede do parque Natural do Xurés e vá até lá e visione o vídeo de cerca de vinte minutos sobre todo o parque (não precisa de pedir para ver o vídeo, mal entra o convite é imediato).

Daqui siga para o Lindoso, onde se impõe uma visita aos espigueiros e ao castelo. Siga para o Soajo, aproveite as vistas sobre a serra e visite também aqui o núcleo de espigueiros. Atravesse para o Mezio e deslumbre-se com esta mata de carvalhal e com os monumentos megalíticos – isto se houver alguém que lhe abra as cancelas…, está neste momento a ser construída uma nova recepção e por esse facto a porta que existia aqui está encerrada.
Depois tome a estrada até à Peneda e aproveite para se maravilhar com a vista, pare num miradouro e aprecie a vista sobre o santuário da Srª. da Peneda, encravado na rocha. Pare no santuário, aproveite as vistas e coma porque o corpo precisa de descanso e de se alimentar, se por acaso se demorou um pouco mais e já é noite aproveite para dormir no Hotel da Peneda e peça para lhe darem um quarto com vista para a cascata…

Mas para terminar em beleza a nossa viagem nada como prosseguir em frente até Lamas de Mouro, onde deve visitar a porta do PNPG para recolher informações e pedir os pequenos guias dos trilhos da Adere. Siga a estrada até Castro Laboreiro, visite as pontes antigas e os vários pontos de interesse e prossiga até Espanha onde chega novamente perto de Lóbios. É só fazer o caminho de retorno até Portugal até ao ponto de partida, a vila do Gerês.

Se não conhece o Gerês este é um bom ponto de partida, não é absolutamente abrangente mas dá uma perspectiva razoável sobre o PNPG e a parte espanhola do Parque. Pode ficar a conhecer algumas das jóias do Parque e colmatar a informação sobre o mesmo. Pode, se assim desejar, ligar todos estes percursos através da estadia na zona da vila do Gerês e assim ficar durante uns dias para assim conhecer ainda melhor o PNPG. Ainda falta o último passeio, a zona do planalto da Mourela e o famoso mosteiro de Pitões das Júnias. Esse será publicado brevemente mas aproveite este outono primaveril e vá até ao Gerês, como afirmou o fotógrafo João Cosme na entrevista aqui publicada:

“Só conhecendo é que podemos proteger.”

Conheça e proteja o Parque Nacional da Peneda Gerês.

Links:
Hotel da Peneda.
Porta de Lamas de Mouro.

07
Out
07

Gerês – bloco de notas III.

Esta é uma das viagens que vale mesmo a pena realizar no Gerês e faz o percurso (de carro) desde a barragem de Vilarinho das Furnas até à aldeia de Ermida. Gostava apenas de chamar a atenção para o facto de a última etapa (e mais espectacular) ser realizada numa zona de subida acentuada (>10%) numa estrada de paralelo e com curvas acentuadas, assim tome as suas precauções, nomeadamente em termos de pneus, travões e combustível.
pnpg003-1Com a ajuda do pequeno guia acima não vão ter muita dificuldade em conseguir chegar a Ermida. Tem, no entanto, pelo caminho vários pontos de interesse, começando logo pelo início do trajecto na barragem de Vilarinho da Furnas, que vale a pena uma visita e pelas soberbas paisagens que nos são oferecidas. Logo a seguir à barragem há um miradouro e um trilho pedreste que por ali passa; a aldeia a seguir, Brufe, tem um património edificado muito interessante e um restaurante muito concorrido (em relação à comida não tenho opinião porque nunca o frequentei). A seguir vamos até Germil, passando por planalto interessante e depois seguimos as indicações até Ermida. Quando a estrada passa a piso de paralelo começa a subida que acompanha um vale escarpado do seu lado esquerdo e que vale a pena parar para observar. Do seu lado direito tem uma vista soberba sobre a serra Amarela e alguns pequenos cursos de água. Mais à frente encontra este rio e ponte:
pnpg-4E aqui começa a ‘tortura’ de subir a encosta da serra, curvas em cotovelo apertadas e subida íngreme, uma prova de fogo para as viaturas. Mas quando chega lá encima…
Chegado à aldeia pode deixar o carro num local próprio e fazer alguns percursos a pé e que estão publicados, se desejar pode, antes de entrar na aldeia, ir até à branda de Bilhares e disfrutar de uma paisagem fabulosa. Tem muito que descobrir nesta zona, divirta-se e faça boas fotografias.

30
Set
07

Gerês – bloco de notas II.

Hoje falo da cascata do Arado, talvez uma das mais conhecidas do PNPG, embora na minha opinião não seja a mais espectacular. Para chegar lá basta seguir a estrada que liga a Vila do Gerês à mata da Albergaria e estar atento, logo a seguir às primeiras curvas apertadas aparece a placa a indicar a estrada que liga a Germil e à cascata. Após cerca de dez quilómetros aparece outra placa num desvio e à esquerda fica uma estrada de terra batida, siga por essa estrada e chega à ponte que vê nas fotos, aí basta seguir a escadaria que leva lá encima ao miradouro.

pnpg002-1(Esquema de acesso à cascata, à esquerda onde diz ‘Ermida’ deve ler-se ‘Cabril’)

pnpg1(Rio Arado)

Podem verificar o estado dos rios no PNPG nesta altura (Set./2007), secos. Não havia um único rio que não estivesse neste estado calamitoso, uma tristeza e preocupa-me para onde caminhamos neste estado de coisas; sejamos honestos isto não é normal, o Gerês sempre foi um local de muita água, onde pára ela agora?

Bem, a cascata em si, é muito interessante, com uma cor da água quase verde vivo. Para fotografar a cascata precisa de um tripé, uma boa tele-objectiva – talvez uma 70-200, uma 180, uma 200 ou uma 300 – luz difusa (como nos dias nublados) e filtros ND. Com este equipamento é possível trazer para casa várias fotos dignas de registo. É bom terntar outras abordagens e se for mais corajoso e aventureiro pode ser tentar (à sua inteira responsabilidade) descer ao rio e procurar enquadrar a cascata no seu entorno natural.
pnpg3(Cascata do Arado)

Ali na zona e antes de chegar ao desvio em terra batida para a cascata também há outro ponto imperdível: o miradouro da Pedra Bela, situado a cerca de 800 metros de altitude tem uma vista priveligiada sobre todo o vale. Antes de chegar à cascata, cheaga-se a um cruzamento onde a estrada alarga significativamente, do seu lado direito aparece um largo grande, rebaixado, basta seguir a estrada à direita que acompanha esse largo e passados uns escassos metros aparece o miradouro. Tem uma paisagem de perder a respiração mas é um pouco exposto ao vento e é uma zona fria. Mas a vista compensa tudo! E tem dois miradouros por onde escolher, o novo e o velho, cada um com a sua vista sobre o vale. Imperdível.
pnpg-2(Vista do miradouro da Pedra Bela)

24
Set
07

Viagem ao Gerês – bloco de notas I.

Fui de férias para o Gerês. Uma semana para relaxar, fugir da cidade e explorar locais para posteriormente ir fotografar. Levei o costume: mochila, a D200, AF DX Fisheye-Nikkor 10.5mm f/2.8G ED, AF-S DX Zoom-Nikkor 12-24mm f/4G IF-ED, AF-S VR Micro-Nikkor 105mm f/2.8G IF-ED e AF-S VR Zoom-Nikkor 70-200mm f/2.8G IF-ED+AF-S Teleconverter TC-14E II, ainda acrescido do tripé. Nenhum destes itens saiu da mochila. A luz estava muito dura, o sol abrasador e o calor era demais. Fiquei-me pelas explorações e é disso que vou falar durante alguns artigos ilustradas com os meus apontamentos e fotografias tiradas por mim e pela Sónia com uma Nikon P5000.

Ficamos hospedados no Aparthotel Gerês, mesmo à saida da Vila do Gerês, num local sossegado e com uma vista deslumbrante, como podem verificar nestas fotos.
pnpg(vista da sala do apartamento)

pnpg-11(vista do terraço comum)

O serviço é bom, os apartamentos são modernos, bem equipados e são limpos todos os dias. Daqui deslocamo-nos practicamente para todo o Parque Nacional da Peneda-Gerês e para o Parque do Xurés em Espanha.

Em relação às viagens em si foram um misto de desilusão e descoberta. Desilusão porque a Mata de Palheiros-Albergaria está completamente seca, os rios Macieira e Homem (visíveis de imediato para quem entra na referida Mata) estão quase sem água, na Mata propriamente dita está tudo coberto por uma camada fina de pó e grande parte das fontes e riachos estão secos. Água, nem vê-la. A cascata de Leonte, espectacular, estava também seca; do lado espanhol a Corga da Fecha está tão seca que é difícil dizer que ali corre uma das mais espectaculares cascatas do Parque do Xurés. Também no capítulo dos rios e cascatas, a do Arado, a de Pitões, os rios Arado, Caldo e Gerês também estão practicamente secos nesta altura. Difícil fazer boa fotografia nestas condições, reconheço e por isso a mochila ficou, invariavelmente, guardada no hotel todos os dias. Descoberta porque fiz algumas viagens por locais que conhecia mal, e que conheço um pouquinho melhor agora, e assim cimentar os meus conhecimentos de locais para futuras deslocações fotográficas. O planalto da Mourela foi o que me entusiasmou mais, com a cascata de Pitões, com o mosteiro na margem do rio que uns metros abaixo se despenha pela encosta abaixo, a cascata do Arado foi outra boa descoberta, a viagem de Brufe até a aldeia de Ermida (com uma subida final de cerca de 10%) e a viagem desde o Soajo até a Srª da Peneda, atravessando o Mezio, foram as que me ficaram na memória.

E no final de um dia de descobertas que bem me sabia regressar ao hotel e repousar…
pnpg-5

Link: Aparthotel Gerês.

14
Jan
07

Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos.

A Paisagem Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos situa-se no concelho de Ponte de Lima e é uma zona lacustre com características únicas, em termos de fauna e flora. Já lá tinha estado uma vez mas foi no verão e a água era pouca mas fiquei sempre com vontade de lá voltar para fotografar as lagoas. E como fica a 50 min. do Porto (sem infringir nenhum artigo do código da estrada…) não havia razão para adiar mais esta visita e como agora utilizo uma máquina digital deixa de existir o factor económico como dissuasor para fazer muitas (e boas) fotografias. Assim durante estess últimos dias andei atarefado a combinar pormenores, a verificar a meteorologia e a preparar tudo para no sábado (ontem, portanto) sair cedo para apanhar a melhor luz do local.
Saímos do Porto por volta da 07:30 da manhã e chegamos a Bertiandos às 08:50 e deparamo-nos com a primeira surpresa: o Centro de Interpretação Ambiental aos fins-de-semana só abre às 14:00, enquanto à semana abre às 09:00.
Lagoa de Bertiandos (1)

Entramos na área para fazer o que fomos fazer: fotografar. E aí segunda surpresa: a primeira lagoa, a de S. Pedro de Arcos está a ser objecto de uma limpeza geral mas avisos/informações nem vê-los, apenas posso adivinhar que estão a retirar os muitos eucaliptos aí existentes e a limpar as margens da lagoa.
Em termos fotográficos não estava a melhor luz, com um céu muito “plano” com um azul deslavado, aqui e ali povoado por uma ou outra nuvem, nada de especial portanto. O nevoeiro matinal permitiu-me fazer algumas fotos das lagoas cobertas pela humidade.
Lagoa de Bertiandos
Mas no geral o contraste ainda era muito baixo para fazer boas fotos de paisagem, melhorando gradualmente ao longo do dia. Foi completamente impossível fotografar os pássaros que habitam na lagoa, na sua maioria patos-reais e galinhas de água, mesmo com a 70-200/2.8D AFS VR IF-ED + TC 1.4AFS (que com a D200 se transforma numa 420/4 AFS VR), estavam mesmo assim completamente fora do alvance da objectiva, apenas se conseguindo deslumbrar nas fotografias como um ponto pequeno. A propósito disto Tom Mangelsen costuma dizer que as suas melhores fotografias são apenas de pontos à distância, razão pela qual se recusa a fotografar em parques onde os animais são mantidos cativos para porporcionar boas fotografias. Consegui ainda ver algumas rãs muito fugazes e um lagarto-de-água, desse sim consegui excelentes fotos. A paisagem nesta altura é principalmente constituída por árvores despidas e muita matéria orgánica a cobrir o chão, aqui e ali povoado por alguns cogumelos.
Para primeira visita, outras se seguirão, foi um dia agradável em que consegui um número apreciável de fotografias (cerca de 500 fotos) e com alguma qualidade. Esta época, e até ao verão, é a melhor altura para se visitar esta área protegida, depois e até ao outono é impossível circular lá com o calor e com a quantidade de visitantes diários, mais entretidos num concurso para quem diz os maiores disparates e de preferência aos berros. Aliás esta tem sido uma queixa recorrente das pessoas que visitam as lagoas no intuito de ver esta paisagem protegida e/ou fotografar, o facto de haver pessoas que se entretêm a gritar aos pássaros, a entrar nos abrigos aos berros, a correr pelos passadiços fora como se não houvesse amanhã, etc. Se for só fotografar aconselho-os a levarem de comer, não há nada no raio de vários quilómetros onde se possa comer. Existem na zona várias opções de alojamento em turismo rural para quem quiser ficar vários dias na zona.
A galeria e algumas das fotos serão aqui colocadas durante os próximos dias.

24
Set
06

Branda da Aveleira

A Branda da Aveleira é uma aldeia, recentemente recuperada para o turismo. A função anterior era a de albergar os pastores enquanto o gado pastava nos prados circundantes.
Se forem encaradas como abrigos de montanha, despidos de grande conforto, podem permitir uma estadia perto do Parque Peneda-Gerês e assim dar acesso ao fotógrafo de natureza a zonas de grandes paisagens e a uma fauna e flora variada. As casas não possuem aquecimento central, mas têm lareira, nem televisão nem telefone; são muito simples e rústicas. Há perto um restaurante mas pelo que me apercebi só funciona aos fins-de-semana.

Como chegar até lá:

O melhor é apanhar a A3 e seguir até Valença, sair nessa saída (logo após as portagens) e seguir em direcção a Melgaço. Ao entrar nesta cidade contorna as 2 rotundas e a seguir encontra um cruzamento com indicação “Castro Laboreiro” e vire nessa direcção. Segue nesta estrada até encontrar uma placa que indica a entrada da Porta de Lamas de Mouro, do PNPG, e tome atenção pois logo a seguir encontra do seu lado direito um café e as placas que indicam a direcção da Porta e da Branda da Aveleira e vire na estrada e siga à direita (se fôr em frente encontra passado +/- 1 Km a Porta de Lamas de Mouro). No próximo cruzamento siga novamente à direita, na direcção da placa “Branda da Aveleira”. vai encontrar passados alguns quilómetros de paisagem de cortar a respiração, um outro cruzamento com um campo de futebol à sua direita (atenção que aqui nem sempre a placa está visível) e vire novamente à direita. Siga mais uns poucos quilómetros e vai encontrar à sua esquerda uma placa que diz “Srª da Guia”, vire aí. Siga pela estrada de empedrado (em relativo mau estado), passe o santuário e siga pela estrada, no fim desta vai encontrar a aldeia.

O que pode fazer

Para começar, descansar. Depois é pegar na máquina e respectivas lentes e começar a percorrer os caminhos da serra (a pé e de carro, se tiver um todo-o-terreno melhor). Lembra-se da estrada que percorreu e que tinha uma paisagem de cortar a respiração? Pois ao fim do dia, munido do tripé e algum material fotgráfico pode entreter-se aí durante um bom par de horas e trazer excelentes fotografias. Mas não se fique por aí! Dirija-se à entrada do PNPG de Lamas de Mouro e compre uns guias e peça informações, vai ver que lhas dão graciosamente e assim fica na posse de muita e boa informação sobre os sítios mais espectaculares da zona para fotografar. Já agora peça os pequenos guias da ADERE e faça esses passeios a pé, sobretudo o “pertinho do céu”, vai ver que oportunidades fotográficas não lhe vão faltar.

O que levar:

Bom calçado, próprio para caminhada em montanha, roupa confortável e que não prenda os movimentos (e que inevitávelmente se vai sujar toda, acredite). 1 ou 2 máquinas fotograficas, uma boa lente grande angular ou um zoom (14/2,8, 18/2,8, 18-35/2,8 ou 12-24/4), cartões de memória e um disco rígido onde possa no fim do dia descarregar os cartões já cheios, filmes a preto-e-branco (sim, rolos de filme, a zona presta-se a um trabalho idêntico ao do grande Ansel Adams), uma boa objectiva Macro, um bom zoom 70-200/2,8 ou 80-200/2,8 e um teleconversor 1,4x ou 1,7x, um excelente tripé (Manfrotto ou Gitzo), mochila para transportar tudo e já agora um pequeno banco desdobrável como os que os caçadores usam, dá jeito enquanto espera pela melhor luz ou por algum animal mais “difícil”.

Fauna, Flora e Paisagem:

Animais:
Uma diversidade enorme de anfíbios e répteis (entre os quais as famosas víboras do Gêres). Os famosos garranos semi-selvagens, a raça de gado Barrosã tão característica desta zona. Javalis, coelhos e raposas. Aves variadas desde os pardais ás aves de rapina, que felizmente já se vão vendo com relativa facilidade.
Flora:
Carvalhos, Castanheiros, Teixos, Pinheiros e nesta zona, muito mato arbustivo rasteiro. Um sem número de flores selvagens, muito bonitas, entre das quais a Orquídea-brava, a Genciana, a Urze, a Arnica e nas turfeiras podem encontrar a Orvalhinha que é uma planta carnívora.
Paisagem:
Constituída sobretudo por maciços granitícos, com vales profundos em V pronunciado. Zona de planaltos de mato rasteiro e cumes arredondados. Várias turfeiras, um habitat muito particular e bastante frágil, pelo que deve obter junto do PNPG a sua localização e cuidados a observar para os fotografar.

Algumas indicações úteis

Só existe acesso à rede Optimus, dentro da aldeia. Respeites as indicações do PNPG, não destrua a vegetação, não deixe lixo para trás, recolha apenas fotografias e deixe apenas pegadas. A melhor altura do ano para visitar esta zona é o início da Primavera e/ou Outono.
Para qualquer dúvida pode contactar-me pelo Email indicado.
Pode ver algumas das fotografias que capturei nesta zona, na minha primeira estadia lá. Estão nas minhas galerias.
Quem desejar o conforto de um hotel mas sem prescindir de estar no coração desta zona do PNPG pode tentar o Hotel da Peneda.

Links úteis:
Branda da Aveleira
Porta de Lamas de Mouro
ADERE
Hotel da Peneda




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[aqui estão os rascunhos dos meus projectos correntes e inacabados]

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